terça-feira, 30 de junho de 2009

RUAS DE BELEM TUNEIS DE MANGUEIRAS

todas as fotos são de de Beatriz Perez








AVENIDA NAZARÉ

sábado, 27 de junho de 2009

POR DE SOL VISTO DA BAÍA DE GUAJARÁ


FOTOS BEATRIZ PEREZ



Belém assim que te vi
me enamorei
olha que lá se vão trinta e quatro anos
e a cada dia voce
me surpreende mais
com sua mistura urbana cabocla cheirosa
exuberante majestosa
rainha do Brasil
e eu pequenina te amo a cada dia mais
Beatriz Perez

sexta-feira, 26 de junho de 2009

AMAZONIA UM OLHAR AMOROSO












amazonia meu amor é uma ode á sua exuberancia á sua beleza á sua riqueza não só material mas em especial visual resolvi mostrar aqui essa faceta extrordinária
de nossa amada e gigantesca floresta tropical com sua biodiversidade e maravilhoso
colorido sem precedente digno da unica palheta artistica a palheta de DEUS



- Na floresta da Amazônia
há um pássaro encantado,
que se chama Uirapuru
e tem um lindo trinado.
E quanto mais ele canta
seu canto, que é o mais bonito
dos cantos que ali havia,
faz a floresta calar,
só para ouvi-lo cantar.
A floresta silencia
só para ouvi-lo cantar.
Tudo em redor silencia
para escutar esse canto,
o mais bonito que há.

Quando esse canto ressoa
tudo em redor silencia
tudo em redor silencia.
O vento sopra leve levemente
as onças vão calando lentamente
a lua apaga os raios calmamente
as folhas vão caindo ternamente
as horas vão passando humildemente
o rio se vai pro mar serenamente.

Só para ouvir esse canto
da ave da encantaria
a própria voz do silêncio
na floresta silencia.


Paes Loureiro
Poeta, Professor e Pesquisador da Universidade Federal do Pará.




Um mar doce

O Amazonas lança no oceano 176 mil metros cúbicos de água por segundo. Essa vazão é 10 vezes maior que o Mississipi, de 17 mil metros cúbicos por segundo, e quatro vezes maiores que a do Gongo, de 40 mil metros cúbicos por segundo. Avançando sobre o mar, o rio forma uma camada de água doce de dezenas de quilômetros sobre a água salgada. Por isso os primeiros europeus que visitaram o Amazonas o chamaram de “mar de água doce”.

Se o rio deixasse de correr

O Amazonas é um rio de planície. A partir de Iquitos, que a 3.600 quilômetros do Atlântico, o curso do rio está a 100 metros acima do nível do mar. Na foz do rio Negro, em Manaus, ainda a 1.500 quilômetros do oceano, o desnível em relação ao mar é de apenas 15 metros. No entanto, como a profundidade nesse trecho é de 50 metros, se por algum motivo o rio deixasse de correr, o Atlântico invadiria a calha, formando uma faixa de água salgada que se estenderia até as proximidades de Tefé, várias centenas de quilômetros a oeste de Manaus.

A Floresta
A floresta ou hiléia amazônica é a maior floresta tropical pluvial do mundo. Possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.


A FLORESTA


A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o solo e precisam dessa vegetação rasteira. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam as árvores. Não existem animais de grande porte, como nas savanas.
O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Apesar disso, a flora e fauna mantêm-se, em virtude do estado de equilíbrio (clímax) atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo mínimo de perdas. Um exemplo claro disso está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem a partir da floresta, com as chuvas. Também forma-se no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais mortos, que rapidamente são convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação.
Abaixo de uma camada inferior a um metro, o solo passa a ser arenoso e com poucos nutrientes. Por isso e por conta da disponibilidade quase ilimitada de água, as raízes das árvores são curtas, e o processo de sustentação é feito também com base na escora das árvores umas nas outras.




A relação entre os diferentes ecossistemas amazônicos obedece às mesmas leis da natureza.


A BIODIVERSIDADE



A floresta não sobrevive sem o rio e o rio não sobrevive sem a floresta. A cadência imposta aos seres vivos que habitam tanto a floresta como o rio está retratada na paisagem que varia anualmente, como um coração a pulsar lenta e continuamente. O ritmo de cheia e seca, que é anual, mas muda em intensidade ciclicamente, depende de longínquos eventos geológicos e atuais fenômenos climáticos.

A existência da diversidade é resultado de processos evolutivos ocorridos há milhões de anos e de processos geológicos que datam de milhares de anos. Nosso conhecimento atual já permite dizer que as adaptações que foram moldadas durante todo o processo evolutivo em função dos ambientes que prevaleceram, poderão atuar como um impedimento à sobrevivência após acidentes ambientais causados pela ação do homem, como é o caso dos peixes de respiração aérea obrigatória, de respiração aérea facultativa e de respiração aquática que dependem da superfície das águas, estas mais ricas em oxigênio.

Na Amazônia, tudo isto resulta da cadência do rio, que impera majestoso. A cheia do rio, inundando a floresta, como uma serpente a se entremear nos galhos das árvores, permite que os peixes se alimentem da abundância de frutos que caem das árvores sobre as águas, tornando-os veículos semeadores de tal diversidade. Na seca, confinados em pequenos lagos ou na calha principal do rio, esse mesmos peixes buscam seus alimentos na intrincada teia alimentar que sustenta e equilibra as comunidades. Cada indivíduo guarda em si esta relação, registrada em seu material genético, porém controlada remotamente pelo ambiente, por outras espécies, pelo clima, etc. É como uma orquestra, na qual um instrumento sozinho não transmite a música, mas o todo, sem ele, nunca será igual. Mesmo sabendo tocar todos os instrumentos da orquestra, o homem ainda necessita da harmonia que só o regente maestro poderá dar.

Na Amazônia, a regência é comandada por sua história natural e a interferência do homem tira à orquestra o tom. Somente quando formos detentores da batuta do Maestro, ou seja, quando detentores do conhecimento dos fenômenos de interação da natureza com os seres vivos, é que poderemos encontrar o caminho para dela retirarmos nosso desenvolvimento, que, se sustentado, nos levará à tão sonhada harmonia entre o homem e o seu ambiente.

Não nos restam dúvidas de que, para o novo milênio, a biodiversidade na Amazônia trará as principais divisas, contidas no patrimônio biológico; a delimitação das fronteiras não mais será baseada apenas no território e sim no que está intrínseco aos recursos naturais biológicos. A solução estará em nos curvarmos ao comando do "rio" como constata o poeta, e buscarmos conhecê-lo de maneira profunda. Só assim poderemos obedecer a tal comando com a sabedoria do homem da terra e nos cadenciar com ele, tentando enfrentar suas têmperas com conhecimento científico e tecnológico.

O homem se beneficiará da natureza e dela cuidará para que não se destruam as possibilidades das futuras gerações, estas sim, o verdadeiro sentido de nossa existência na Terra.

Fonte: Museu Emílio Goeldi