sexta-feira, 26 de junho de 2009

AMAZONIA UM OLHAR AMOROSO












amazonia meu amor é uma ode á sua exuberancia á sua beleza á sua riqueza não só material mas em especial visual resolvi mostrar aqui essa faceta extrordinária
de nossa amada e gigantesca floresta tropical com sua biodiversidade e maravilhoso
colorido sem precedente digno da unica palheta artistica a palheta de DEUS



- Na floresta da Amazônia
há um pássaro encantado,
que se chama Uirapuru
e tem um lindo trinado.
E quanto mais ele canta
seu canto, que é o mais bonito
dos cantos que ali havia,
faz a floresta calar,
só para ouvi-lo cantar.
A floresta silencia
só para ouvi-lo cantar.
Tudo em redor silencia
para escutar esse canto,
o mais bonito que há.

Quando esse canto ressoa
tudo em redor silencia
tudo em redor silencia.
O vento sopra leve levemente
as onças vão calando lentamente
a lua apaga os raios calmamente
as folhas vão caindo ternamente
as horas vão passando humildemente
o rio se vai pro mar serenamente.

Só para ouvir esse canto
da ave da encantaria
a própria voz do silêncio
na floresta silencia.


Paes Loureiro
Poeta, Professor e Pesquisador da Universidade Federal do Pará.




Um mar doce

O Amazonas lança no oceano 176 mil metros cúbicos de água por segundo. Essa vazão é 10 vezes maior que o Mississipi, de 17 mil metros cúbicos por segundo, e quatro vezes maiores que a do Gongo, de 40 mil metros cúbicos por segundo. Avançando sobre o mar, o rio forma uma camada de água doce de dezenas de quilômetros sobre a água salgada. Por isso os primeiros europeus que visitaram o Amazonas o chamaram de “mar de água doce”.

Se o rio deixasse de correr

O Amazonas é um rio de planície. A partir de Iquitos, que a 3.600 quilômetros do Atlântico, o curso do rio está a 100 metros acima do nível do mar. Na foz do rio Negro, em Manaus, ainda a 1.500 quilômetros do oceano, o desnível em relação ao mar é de apenas 15 metros. No entanto, como a profundidade nesse trecho é de 50 metros, se por algum motivo o rio deixasse de correr, o Atlântico invadiria a calha, formando uma faixa de água salgada que se estenderia até as proximidades de Tefé, várias centenas de quilômetros a oeste de Manaus.

A Floresta
A floresta ou hiléia amazônica é a maior floresta tropical pluvial do mundo. Possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.


A FLORESTA


A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o solo e precisam dessa vegetação rasteira. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam as árvores. Não existem animais de grande porte, como nas savanas.
O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Apesar disso, a flora e fauna mantêm-se, em virtude do estado de equilíbrio (clímax) atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo mínimo de perdas. Um exemplo claro disso está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem a partir da floresta, com as chuvas. Também forma-se no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais mortos, que rapidamente são convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação.
Abaixo de uma camada inferior a um metro, o solo passa a ser arenoso e com poucos nutrientes. Por isso e por conta da disponibilidade quase ilimitada de água, as raízes das árvores são curtas, e o processo de sustentação é feito também com base na escora das árvores umas nas outras.




A relação entre os diferentes ecossistemas amazônicos obedece às mesmas leis da natureza.


A BIODIVERSIDADE



A floresta não sobrevive sem o rio e o rio não sobrevive sem a floresta. A cadência imposta aos seres vivos que habitam tanto a floresta como o rio está retratada na paisagem que varia anualmente, como um coração a pulsar lenta e continuamente. O ritmo de cheia e seca, que é anual, mas muda em intensidade ciclicamente, depende de longínquos eventos geológicos e atuais fenômenos climáticos.

A existência da diversidade é resultado de processos evolutivos ocorridos há milhões de anos e de processos geológicos que datam de milhares de anos. Nosso conhecimento atual já permite dizer que as adaptações que foram moldadas durante todo o processo evolutivo em função dos ambientes que prevaleceram, poderão atuar como um impedimento à sobrevivência após acidentes ambientais causados pela ação do homem, como é o caso dos peixes de respiração aérea obrigatória, de respiração aérea facultativa e de respiração aquática que dependem da superfície das águas, estas mais ricas em oxigênio.

Na Amazônia, tudo isto resulta da cadência do rio, que impera majestoso. A cheia do rio, inundando a floresta, como uma serpente a se entremear nos galhos das árvores, permite que os peixes se alimentem da abundância de frutos que caem das árvores sobre as águas, tornando-os veículos semeadores de tal diversidade. Na seca, confinados em pequenos lagos ou na calha principal do rio, esse mesmos peixes buscam seus alimentos na intrincada teia alimentar que sustenta e equilibra as comunidades. Cada indivíduo guarda em si esta relação, registrada em seu material genético, porém controlada remotamente pelo ambiente, por outras espécies, pelo clima, etc. É como uma orquestra, na qual um instrumento sozinho não transmite a música, mas o todo, sem ele, nunca será igual. Mesmo sabendo tocar todos os instrumentos da orquestra, o homem ainda necessita da harmonia que só o regente maestro poderá dar.

Na Amazônia, a regência é comandada por sua história natural e a interferência do homem tira à orquestra o tom. Somente quando formos detentores da batuta do Maestro, ou seja, quando detentores do conhecimento dos fenômenos de interação da natureza com os seres vivos, é que poderemos encontrar o caminho para dela retirarmos nosso desenvolvimento, que, se sustentado, nos levará à tão sonhada harmonia entre o homem e o seu ambiente.

Não nos restam dúvidas de que, para o novo milênio, a biodiversidade na Amazônia trará as principais divisas, contidas no patrimônio biológico; a delimitação das fronteiras não mais será baseada apenas no território e sim no que está intrínseco aos recursos naturais biológicos. A solução estará em nos curvarmos ao comando do "rio" como constata o poeta, e buscarmos conhecê-lo de maneira profunda. Só assim poderemos obedecer a tal comando com a sabedoria do homem da terra e nos cadenciar com ele, tentando enfrentar suas têmperas com conhecimento científico e tecnológico.

O homem se beneficiará da natureza e dela cuidará para que não se destruam as possibilidades das futuras gerações, estas sim, o verdadeiro sentido de nossa existência na Terra.

Fonte: Museu Emílio Goeldi

2 comentários:

  1. Olhando os meus olhos de verde e floresta
    Sentindo na pele o que disse o poeta
    Eu olho o futuro e pergunto pra insonia
    Sera que o Brasil nunca viu a Amazonia
    E vou dormir com isso
    Sera que e tao dificil

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  2. Só para ouvir esse canto
    da ave da encantaria
    a própria voz do silêncio
    na floresta silencia.

    Paes Loureiro

    P.S para brindar sua visita

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